Eu sei bem como é isso. Não assim, superficialmente, mas no íntimo. Creio eu que seja um sentimento universal, que afeta mais a uns do que a outros. A mim, afeta sempre. É aquele sentimento de estar na multidão e se sentir fora dela, a parte de tudo aquilo.
Sempre tive as minhas amizades, mas confesso que sempre fui a *diferente* do grupinho. Por um período até me esforcei para parecer o mais igual possível, mas não adianta... aquilo não é de mim.
Sobre estar só, lembro bem das coisas aqui em casa, finais de tarde, finais de semana, os meus momentos mais solitários foram aqui. Aqueles de se trancar no quarto e chorar no travesseiro, sem compreender o mundo e as pessoas, sem compreender o motivo de sentir um vazio tão vazio. E eu me sentia triste, até mesmo nos momentos felizes, por querer que eles durassem a eternidade. E eu me sentia triste também nos momentos tristes dos que me faziam triste, mas o que sempre me deixou mais triste foi saber que entristeci alguém, mesmo que sem a menor intenção, e isso eu já fiz muitas vezes.
Palavras mal colocadas, sentimentos mal resolvidos e muitas vezes má interpretação de atitudes. Mas toda esse jeito que alguns podem até entender como egoísmo, na verdade é falta de coragem e medo de magoar o próximo, na verdade eu entendo como pensar demasiadamente no próximo. Nunca me permiti viver qualquer coisa que eu acreditasse que futuramente pudesse atingir negativamente alguém. Nunca fiz as minhas vontades pelo simples prazer de me satisfazer, sem pensar no que isso causaria para qualquer outra pessoa.
Talvez seja muita auto cobrança, e pode ser que isso já tenha me privado de viver muitos momentos e sentimentos e não recomendo isso para ninguém. é terrível viver sempre na base do "e se".
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